quinta-feira, 16 de junho de 2011

WAS/FENACAM 2011

Na última semana (6 a 10 de junho) aconteceu em Natal-RN o World Aquaculture Society (WAS), considerado o maior evento da aquicultura mundial, juntamente com a Feira Nacional do Camarão (FENACAM) que acontece anualmente em Natal.
O evento contou com mais de 4.500 inscritos, entre eles estudantes de graduação, mestrado e doutorado; produtores; técnicos e profissionais da área.
Muitas empresas passaram por lá para mostrar suas tecnologias e seus produtos, principalmente as voltadas para a nutrição de peixes e camarões.
Participar do evento me deixou muito entusiasmada com a aquicultura, percebendo a quantidade de grandes empresas que estão investindo na atividade, as tecnologias que estão sendo difundidas e o número de pessoas envolvidas na área. A aquicultura do Brasil falta crescer muito, mas estamos buscando a evolução! 





Tambaqui

Pirarucu



Camiseta da campanha: COMA PEIXE, FAZ BEM!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pirarucu

Depois que eu vi um Pirarucu de perto e pude prestar atenção no seu comportamento, eu me apaixonei.
O Pirarucu, Arapaima gigas, é realmente uma espécie encantadora, pelo seu tamanho, sendo considerado um dos maiores peixes de água doce do mundo; pela sua respiração aérea obrigatória; seu comportamento reprodutivo, formando casais monogâmicos;  e, na minha opinião, pela sua beleza.

É uma espécie endêmica da Bacia Amazônica de alto valor econômico, que sofre uma intensa exploração desde o século XVIII pelas populações nativas, chegando a ser considera uma espécie quase extinta em algumas regiões e sobre explorada em outras. Devido a isso muitas políticas de conservação foram criadas, a fim de conservar a sua existência, como o tamanho mínimo para sua captura (150 cm) e a total proibição da sua pesca no período de defeso.
No Amazonas, além do período de defeso instituído pela normativa federal, a proibição da pesca é total por conta de uma norma estadual. No Amazonas, a pesca é autorizada apenas nas áreas que dispõem de planos comunitários de manejo de lagos, autorizados e monitorados pelos órgãos ambientais estadual e federal.

Assim, a Aquicultura pode representar a solução para atender a demanda por esta espécie.

O pirarucu apresenta uma série de características positivas para a criação intensiva, dentre as principais:
  • O rápido crescimento (cerca de 10 kg no primeiro ano de cultivo);
  • A boa tolerância ao adensamento e às condições de cultivo intensivo em ambientes tropicais;
  • A capacidade de realizar a respiração aérea nas fases mais avançadas do seu desenvolvimento, aproveitando o ar diretamente da atmosfera, não dependendo do oxigênio dissolvido na água;
  • Uma carne clara, magra, tenra, de alta qualidade e livre de espinhas intramusculares;
  • Um alto rendimento de filé (acima de 45%), superando o rendimento alcançado pela maioria dos peixes atualmente cultivados no país;
  • Elevada demanda e valor de mercado, com excelentes perspectivas para o mercado internacional.
Apesar de todos os pontos positivos no cultivo desta espécie, ainda é encontrado alguns entraves para a produção, principalmente quando se trata de conseguir alcançar todo o seu ciclo de vida, já que o Pirarucu só alcança sua maturidade sexual aos cinco anos, necessitando de grandes investimentos por parte dos produtores. Além disto, é preciso que seja feito um treinamento alimentar com os peixes, para que estes aceitem as rações comerciais.


Aqui um vídeo de uma fazenda de piscicultura no Mato Grosso, que entre as espécies cultivadas está o Pirarucu, vale a pena assistir!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

DNOCS

Hoje eu fui conhecer e fazer algumas coletas de sêmen de Curimatã e Sardinha de água doce, no Centro de Pesquisa em Aquicultura do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca), que fica localizado no município cearense de Pentecoste, aproximadamente 90 km distante de Fortaleza.
Lá, eles desenvolvem reprodução, alevinagem e engorda de várias espécies de água doce, como, o tambaqui, pirarucu, tilápia, sardinha e curimatã. Como foco principal o abastecimento das pisciculturas locais, já que esta é uma atividade econômica de muita importância na região.

Além disto, são os criadores do Projeto Pirarucu - produção e criação dessa espécie amazônica em cativeiro - exercendo pesquisa em identificação do sexo e treinamento alimentar.

Alevino de Pirarucu

Sardinha de água doce

Curimatã

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tainha fresquinha na mesa!


Nesse domingo, 15 de maio, terminou o período de defeso da tainha dando início a tão esperada Pesca da Tainha para a alegria dos pescadores artesanais e nós fiéis consumidores, claro!

Durante o dia 15 de maio até 30 de julho a pesca está liberada e acontece no litoral que vai do Rio Grande do Sul até quase o Espírito Santo.


A espera é pelos ventos fortes, que são favoráveis à presença da tainha em grandes quantidades.



Nesta segunda-feira (16/05) o Ministério da Pesca e Aquicultura anunciou as regras para a temporada da pesca da tainha. Estabelecendo como limite de autorizações para a pesca, 60 embarcações e um dos pré-requisitos para concorrer a uma delas é a autorização para a captura da sardinha-verdadeira com o emprego da modalidade de rede de cerco.

Outro documento, assinado em conjuto pelas ministras Ideli Salvati (MPA) e Isabella Teixeira (MMA), proíbe o desembarque de ovas de tainha desacompanhadas das respectivas carcaças. As ovas do peixe possuem maior valor por serem consideradas iguarias. O objetivo da proibição é evitar qualquer tipo de descarte de pescado apto ao consumo humano.

Tomara que haja fiscalização, né?!



segunda-feira, 16 de maio de 2011

A Revolução que Vem do Mar

Estima-se que a população mundial salte de 6,9 bilhões para 9,3 bilhões de pessoas até 2050 e, com padrões de vida mais elevados, elas tendem a consumir mais carne e frutos do mar. Entretanto, a captura global de peixes oferecida pela Natureza está estagnada ou declinou ao longo da última década. A criação de gado, aves, suíno, entre outros animais, consome vastas áreas de terra, água potável, combustíveis fósseis que poluem o ar, e fertilizantes que escoam com as chuvas e afetam rios e oceanos.

De onde, então, virá toda a proteína necessária para alimentar essa multidão global? A resposta poderia ser de novas fazendas de piscicultura em alto-mar, desde que possam funcionar com eficiência sem provocar poluição.

Para alguns cientistas, alimentar o mundo implica transferir a produção de proteína animal para os mares. Mas se uma "revolução de alimentos azuis" pretende preencher um prato tão elogiado à mesa do jantar, é necessário que ocorra de forma ambientalmente saudável - e que seus benefícios sejam mais divulgados, tanto junto a um público cético dessas possibilidades, como a formuladores de políticas e detentores do poder de decisões.

No passado, a condenação a essa forma de piscicultra pode ter sido válida. Quando a moderna atividade costeira começou, há cerca de 30 anos, praticamente ninguém fazia as coisas corretamente, nem para o meio ambiente, nem para a sustentabilidade em longo prazo da indústria. Os resíduos de peixes eram apenas uma das questões. Criadores de camarões no Sudeste Asiático e no México desmataram florestas litorâneas de mangues para instalar lagos para suas criações de crustáceos. Nas fazendas solmoneiras da Europa e das Américas, os animais frequentemente não tinham espaço suficiente, o que favorecia a disseminação de doenças e parasitas. Às vezes, peixes que escapavam dos viveiros transmitiam suas doenças às espécies nativas.

Claramente, essas mazelas não foram favoráveis aos negócios e a indústria desenvolveu soluções inovadoras. A estratégia de inserir a fazenda em meio a correntes litorâneas rápidas, é um exemplo. Outros criadores estão começando a criar algas marinhas e animais que filtram seus alimentos, como os moluscos, perto dos viveiros de peixes, para que absorvam os resíduos. Em toda a indústria de Aquicultura, inclusive em viveiros de água doce, aperfeiçoamentos no manejo animal e nas fórmulas das rações estão reduzindo a incidência de doenças, ajudando os peixes a crescer mais rapidamente com menos farelo de peixes forrageiros em suas dietas.





Scientific American Brasil - Março 2011



quarta-feira, 4 de maio de 2011

Caminhão do Peixe!

O projeto "Caminhão do Peixe" é desenvolvido pela prefeitura de São José e pela Fundação Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em parceria com a Colônia de pescadores Z-28 e Ministério da Pesca e Aquicultura. Tem como objetivo atender a comunidade de São José, município da Grande Florianópolis, na comercialização de pescados a preço de custo, conquistando clientes e novos adeptos do consumo do pescado.


Entre os produtos comercializados estão: filé de peixe, isca, casquinha de siri, posta de espada, gordinho, linguado eviscerado e sardinha.




"Em uma semana de atividades o caminhão já vendeu mais de 3 mil quilos de pescado, superando em 74% a expectativa."


É ou não é um grande incentivo ao consumo de pescados ter peixes fresquinhos de valor acessível "passeando" pelo seu bairro?